Fonte:(ACI).
Durante sua primeira catequese do tempo comum da Igreja, o Papa
Francisco afirmou que a maneira de vencer o mal é fazendo o bem. O
Pontífice também aproveitou a ocasião para falar do Evangelho de hoje,
no qual João Batista assinala Jesus como o Cordeiro de Deus, Aquele que
redime o pecado do mundo amando.
O Papa comentou que o Evangelho de hoje nos apresenta a cena do
encontro entre Jesus e João Batista no rio Jordão. “Quem conta é
testemunha ocular, João Evangelista, que antes de ser um discípulo de
Jesus foi um
discípulo de João Batista, juntamente com o seu irmão
Tiago, com Simão e André, todos da Galileia, todos pescadores. O Batista
vê Jesus avançar por entre a multidão e, inspirado pelo alto, reconhece
nele o mensageiro de Deus, e por isso o indica com estas palavras: “Eis
o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!””
“O verbo que é traduzido como “tirar” significa literalmente
“levantar”, “tomar para si”. Jesus veio ao mundo com uma missão
específica: libertar da escravidão do pecado, carregando os pecados da
humanidade. De que maneira? Amando. Não há outra maneira de vencer o mal
e o pecado, se não for com o amor que leva ao dom da própria vida aos
outros. No testemunho de João Batista, Jesus tem os traços do Servo do
Senhor, que “tomou sobre si os nossos sofrimentos, tomou sobre si as
nossas dores” (Is 53,4), para morrer na cruz. Ele é o verdadeiro
cordeiro pascal, que está imerso no rio do nosso pecado, para nos
purificar”, assinalou o Papa.
“No Novo Testamento, a palavra “cordeiro” é usada várias vezes e sempre
em referência a Jesus. Essa imagem do cordeiro pode surpreender, de
fato, um animal que não se caracteriza pela força e robustez , carrega
sobre seus ombros um peso opressivo. A enorme massa do mal é removida e
levada por uma criatura fraca e frágil, um símbolo de obediência,
docilidade e amor indefeso, que chega ao sacrifício de si mesmo”.,
destacou o Santo Padre
Em sua reflexão final Francisco afirmou: “O que significa para a
Igreja, para nós, hoje, sermos discípulos de Jesus, o Cordeiro de Deus?
Significa colocar no lugar da malícia a inocência, no lugar da força o
amor, no lugar do orgulho a humildade, no lugar do prestígio o serviço. É
um bom trabalho! Nós cristãos, devemos fazer isso: colocar no lugar de
malícia a inocência, no lugar da força o amor, no lugar do orgulho a
humildade, no lugar do prestígio o serviço. Ser um discípulo do Cordeiro
significa não viver como uma “cidade cercada”, mas como uma cidade
edificada sobre um monte, aberta, acolhedora, solidária. Isso significa
não assumir uma atitude de fechamento, mas levar o Evangelho a todos,
testemunhando com a nossa vida, que seguir Jesus nos faz mais livres e
mais alegres”.
Por fim, o Papa rezou mais uma Ave-Maria com os fiéis e peregrinos
presentes na Praça São Pedro e pediu pelos migrantes e refugiados no dia
em que a Igreja dedicada a estes irmãos:
"Neste momento pensemos nos muitos migrantes, muitos! Muitos
refugiados, em seus sofrimentos, em suas vidas, muitas vezes sem
trabalho, sem documentos, tanta dor, e, todos juntos, dirijamos uma
oração pelos migrantes e refugiados que vivem situações mais graves e
mais difíceis”, pediu o Papa Francisco.
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