Os padres e as freiras no Facebook

Roma, (Zenit.org).  Quantos sacerdotes, religiosos e seminaristas têm um perfil no Facebook? Churchbook responde a essa pergunta. La presenza dei consacrati nei social network (“Churchbook, a presença dos consagrados nas redes sociais"), um estudo da Universidade Católica de Milão e da Universidade de Perugia, em colaboração com a WeCA (Associação de Webmaster católicos italianos).

O estudo centra-se na Itália e dele emergem dados interessantes sobre a localização e quantidade de usuários de Facebook em quanto pessoas consagradas: 20% de todos os sacerdotes e religiosos (as), bem como um 59,7% dos seminaristas têm um perfil. A estatística confirma uma forte presença de consagrados na Web. No que diz respeito aos religiosos e religiosas, de acordo com um artigo publicado no L' Osservatore Romano (cf. Per educarsi alla vita santa di Gesù, 12.01.2012 , p 7), na Itália há mais de 140.000 religiosos: 18.000 religiosos e 122.000 religiosas, um 16% do total de religiosos a nível mundial.
"Churchbook' revela outros dados interessantes: entre o clero diocesano, somente o 17,9 % têm um perfil no Facebook, enquanto que no clero religioso sobe para um 20,4% (um percentual elevado em comparação com a média geral italiana). Outra diferença notável é que os religiosos homens têm uma maior presença no Facebook (20,4%) do que as religiosas (9,3%).
Analisando os posts publicados no Facebook por idade, adverte-se que os sacerdotes mais velhos tendem a usar menos os seus perfis, enquanto o mais novos são mais ativos (a fase de idade entre o 18 e 32 anos entra diariamente no Facebook em um 19,5% e semanal ou mensalmente em um 74,2%; a taxa de ingresso entre os maiores de 70 anos é de 4,8% ao dia e 52,9% semanal ou mensal). Da mesma forma, tanto os sacerdotes mais jovens como os seminaristas têm mais "amigos" no Facebook, em comparação com os sacerdotes mais velhos.
Os seminários italianos com o maior número percentual de seminaristas no Facebook são Siracusa (83,2%) , Molfetta (70,7%), Pádua (70%), Anagni (58%), Florença (56,6%), Brescia (53,3%), Turim (46,7%), Catanzaro (45,3 %) e Assis (35,7%).
As Igrejas locais italianas com o maior número de sacerdotes diocesanos no Facebook são Nápoles (26,1%), Siracusa (25,9%), Perugia (22,1%), Brindis (20,6%), Roma (19, 7%), Macerata (16,9%), Milão (15,3 %), Pádua (14,9 %), Tempio Ampurias (13,5 %) e Tortona (12,9 %).
"Churchbook" estudou durante 11 meses (de março de 2011 a fevereiro de 2012) e os resultados vão em duas linhas: a criação de um mapa estatístico que evidencia a presença na rede de pessoas consagradas – que é o que se deu a conhecer até agora – e um aprofundamento quantitativo e qualitativo que permitirá conhecer as motivações que levam sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas a utilizar a rede social mais famosa do mundo e o tipo de uso que fazem. Esta parte ainda está em elaboração.
Até agora, um dos melhores estudos sobre sacerdote-tecnologias da informação e da comunicação foi o informe mundial PICTURE (Priests'ICT Use in their Religious Experience). A investigação, cujos resultados foram publicados em maio de 2010, oferece "uma imagem de quais são as atividades religiosas online desenvolvidas por sacerdotes católicos e quais são suas atitudes em relação às tecnologias digitais".
Os cinco pontos principais do PICTURE fornecem interessantes dados sobre 1) a freqüência de uso e propriedade das TIC, 2) como ajudam nas atividades principais da missão sacerdotal, 3) uso para a formação, 4) inculturação da fé e 5) comunicação e socialização no "continente digital". A conclusão do estudo é de especial valor, uma vez que esta é a primeira investigação de escala e alcance global sobre sacerdócio e  TIC: "O 41% dos ePriest em todo o mundo considera muito positivo o fato de que o uso das tecnologias digitais melhorou a forma como realizam sua missão sacerdotal; 46,2% tem uma visão moderada sobre o assunto e apenas 12,2 % têm uma percepção negativa”. E acrescenta a conclusão: "enquanto que o 17,5% dos e-Priestconcordam plenamente com o fato de que "os perigos da tecnologia são maiores do que as oportunidades que oferece", o 38,2% discordam com esta afirmação. Embora "Churchbook" esteja circunscrito à Itália, é um bom reflexo do que acontece na Europa. (Trad.TS)

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