O
Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard
Ludwig Müller, visitou Madri, na Espanha para apresentar seu livro
“Relatório sobre a esperança” através do qual explica que “a Igreja
nunca terá autoridade para distribuir os sacramentos por uma suposta
visão compassiva”, por isso não poderá “conceder segundas núpcias
enquanto o primeiro cônjuge continue vivo”.
Durante a coletiva de imprensa, falou sobre a “contradição” entre estar divorciado e casar-se novamente e querer comungar.
“Não é possível viver na graça de Deus em situação de pecado”,
afirmou o Cardeal. “A Igreja não tem o poder de mudar o direito divino,
não pode mudar a indissolubilidade do matrimônio. Não é possível dizer
sim a Jesus Cristo na Eucaristia e não ao matrimônio. É uma contradição
objetiva”.
A respeito da aproximação das famílias em situação irregular
refletida na exortação do Papa Francisco sobre a família, ‘Amoris
Laetitia’, o Cardeal sublinhou que quando uma pessoa está “em pecado
mortal” tem que receber o sacramento da penitência e isto “não o pode
ser mudado pelo Papa nem por um concílio ecumênico”.
Por outra parte, o Prefeito explicou que o Papa pede à Igreja pensar
como integrar estas pessoas que “apesar de viver uma situação incorreta
querem aproximar-se da Igreja”, mas advertiu das “interpretações falsas”
que vão “além do dogma da Igreja”.
Nesse sentido, explicou que no caso dos divorciados recasados, devem
“separar-se do esposo ilegítimo” ou conviver com ele em “perfeita
castidade” pois não é justificável “uma situação contrária à lei
divina”.
O Cardeal Müller destacou o estilo “pastoral e próximo às pessoas” do
Papa Francisco e sublinhou que o livro foi elaborado “com grande
dedicação ao Papa”, por isso pediu que não sejam mal interpretadas suas
palavras e que não se “inventem contradições” entre os Pontífices.
Por sua parte, o Arcebispo de Madri, Dom Carlos Osoro, acerca do
título do livro do Cardeal Müller, destacou a esperança que a Igreja
pode oferecer ao homem de hoje.
Por Canção Nova, com ACI Digital
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