O Papa Francisco conduziu a oração mariana do Angelus, deste domingo,
7, com os fiéis e peregrinos provenientes de várias partes do mundo que
se reuniram na Praça São Pedro.
“No Evangelho de hoje, Jesus fala aos seus discípulos sobre a atitude
a ser tomada em vista do encontro final com Ele, e explica como a
expectativa deste encontro deve conduzir a uma vida rica de boas obras”,
disse o Pontífice.
“Vendam os seus bens e deem o dinheiro em esmola. Façam bolsas que
não envelhecem, um tesouro que não perde o seu valor no céu: lá o ladrão
não chega, nem a traça rói”, diz Jesus no Evangelho.
“É um convite a dar valor à esmola como obra de misericórdia, a não
colocar a confiança nos bens efêmeros, a usar as coisas sem apego e
egoísmo, segundo a lógica de Deus, a lógica da atenção aos outros, a
lógica do amor. Nós podemos ser muito apegados ao dinheiro, ter muitas
coisas, mas no final, não podemos levar tudo isso conosco. Recordem que o
sudário não tem bolsos”, frisou o Papa.
O ensinamento de Jesus prossegue com três parábolas breves sobre o
tema da vigilância. “Isto é importante: a vigilância, estar atentos, ser
vigilantes na vida”, disse o Papa.
A primeira é a Parábola dos Servos, ambientada na noite, onde Jesus
prevê a vida como uma vigília de expectativa operante, um prelúdio ao
luminoso dia da eternidade, segundo explicou o Santo Padre.
“Para ter acesso a essa vida é preciso estar preparado, vigilante e
comprometido com o serviço aos outros, na perspectiva consoladora de
que, de lá, não seremos nós a servir a Deus, mas Ele nos acolherá em sua
mesa. Pensando bem, isto acontece já hoje toda vez que encontramos o
Senhor na oração ou quando servimos os pobres, mas sobretudo na
Eucaristia, onde Ele prepara um banquete para nos nutrir com a sua
Palavra e seu Corpo”.
A segunda parábola tem como imagem a chegada imprevisível do ladrão. Este fato exige vigilância.
“O Evangelho esclarece esta perspectiva com a terceira parábola: o
administrador de uma casa depois da partida do patrão. Na primeira
parte, o administrador cumpre fielmente as suas tarefas e recebe a
recompensa. Na segunda, o administrador abusa de sua autoridade e
espanca os servos, e no retorno inesperado do patrão, será punido. Esta
cena descreve uma situação frequente também em nossos dias: muitas
injustiças, violências e maldades cotidianas nascem da ideia de nos
comportar como patrões da vida dos outros. Temos um patrão que não gosta
de ser chamado de patrão, mas como Pai. Somos servos, pecadores e
filhos. Ele é o único Pai.”
“Jesus hoje nos recorda que a espera da bem-aventurança eterna não
nos exime do compromisso de tornar o mundo mais justo e habitável.
Aliás, esta nossa esperança de possuir o Reino na eternidade nos
impulsiona a trabalhar para melhorar as condições da vida terrena,
especialmente dos irmãos desfavorecidos”, disse ainda o Papa.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano
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