Escrito por Ervino Martinuz |
Qua, 20 de Janeiro de 2010 14:18 |
Bruxelas (Bélgica), 20 jan (SIR) - O novo arcebispo de Bruxelas, André-Mutien Léonard, foi duramente criticado por vários políticos mal se soube da sua nomeação. O arcebispo Léonard é por vezes apelidado de “o Ratzinger belga”, pelas suas posições consideradas conservadoras, e substitui o Cardeal Godfried Danneels, tido como liberal. Além de ser a capital de um país católico historicamente influente na Europa, a diocese de Bruxelas tem particular importância estratégica por se encontrar perto de vários órgãos comunitários europeus. Enquanto bispo de Namur, André-Mutien Léonard foi um duro crítico de várias decisões do governo, em particular no que diz respeito a questões sociais e éticas como o aborto e a eutanásia. Talvez por isso, foi da esquerda política que chegaram as maiores críticas a esta nomeação. “Há separação entre a Igreja e o Estado na Bélgica, mas quando há problemas na nossa sociedade todos os parceiros sociais se sentam à mesa, incluindo os representantes do poder secular e das religiões. O Cardeal Danneels era um homem aberto e tolerante, e encaixava-se bem nesse ambiente, mas o Arcebispo Léonard já desafiou regularmente decisões tomadas pelo nosso parlamento”, afirmou a vice primeira-ministra Laurette Onkelinx, especificando depois algumas das questões que mais a preocupam. “No que diz respeito à AIDS, é contra o preservativo, apesar de morrerem pessoas todos os dias. É contra o aborto e a eutanásia… a escolha do Papa poderá minar o consenso que nos permite viver juntos com respeito por todos”. O Partido Socialista da Bélgica foi mais contundente nas suas críticas, como se pode ler num comunicado no qual insiste: “que o Arcebispo respeite as decisões democráticas tomadas pelas instituições do nosso país. Para o Partido Socialista, os direitos e deveres que as pessoas assumem democraticamente têm precedência sobre as tradições e mandamentos religiosos, sem qualquer exceção”. Tanto o arcebispo cessante como o novo puseram de lado estas preocupações. O Arcebispo Danneels afirma que apesar das diferenças entre os dois: “ambos estamos ligados à Igreja Católica. A ementa não muda só porque há um criado novo a servir”. Em relação às preocupações dos políticos, o Arcebispo Léonard declarou: “Um simples Arcebispo não apresenta qualquer ameaça à estabilidade do país. Não sou a favor do aborto, mas o meu antecessor também não era, por isso não há nada de novo. Ouvi pessoas a dizer que sou muito severo e conservador. Vamos conhecer-nos melhor, e tenho a certeza que muitos desses clichês desaparecerão” |
"Os ensinamentos de Deus transformam pessoas, transformam cidades, transformam o mundo, sua luz ilumina nossos caminhos em direção a felicidade eterna, deixar Deus guiar nosso destino é usufruir a plenitudade do maior dom que temos a vida"
Hostilidade política para novo arcebispo de Bruxelas
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