Papa lamenta violência contra os cristãos no Iraque

Cidade do Vaticano, 25 fev (SIR) - O papa Bento XVI expressou ontem "sua profunda dor" pelos ataques cometidos contra os cristãos que vivem no Iraque, país majoritariamente islâmico. Segundo a Rádio Vaticana, o Pontífice demonstrou sua proximidade, "por meio da oração e do afeto, aos que sofrem as consequências da violência". O pronunciamento do Papa ocorre um dia após um atirador invadir a casa de uma família cristã na cidade de Mosul, ao norte do país, e matar o pai e seus dois filhos. Nas últimas duas semanas, outros cinco cristãos foram assassinados no município, onde a violência contra a comunidade religiosa minoritária é histórica. Em uma carta enviada no início do último mês de janeiro ao primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, havia chamado atenção para o problema. No documento, Bertone relembrou a visita que o premier fez ao Vaticano em 2008 e seu encontro com Bento XVI, ocasião em que foi demonstrada "a esperança comum de que, através do diálogo e da cooperação entre os grupos éticos e religiosos do país, inclusive os minoritários, a República do Iraque conseguiria efetuar uma reconstrução moral e civil, em pleno respeito à identidade dos grupos, em um espírito de reconciliação e à procura do bem comum". O cardeal recordou ainda que Nouri al-Maliki havia assegurado que o governo iraquiano iria considerar "muito seriamente a situação das minorias cristãs que vivem há tantos séculos com a maioria muçulmana, contribuindo de modo significativo para o bem-estar econômico, cultural e social da nação". "O Pontífice reza com fervor pelo fim da violência e pede ao governo para fazer tudo o possível para aumentar a segurança em torno dos lugares de culto em todo o país", conclui a carta.

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