Brasília, (Zenit.org) Lilian da Paz
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Apesar dos gastos exorbitantes do governo com a construção de
estádios, infraestruturas de aeroportos mal acabados e ainda
manifestações populares contra o evento, o Brasil #vaitercopa. Prova
disto são os bairros enfeitados com o verde-amarelo, os carros com as
bandeirinhas do país e o desfile do povo na rua com a camisa amarelinha.
A cultura brasileira é entranhada pela paixão ao futebol e vai atrair
os olhares de metade do planeta para cá. Segundo estudo do Ministério
do Turismo 3,6 bilhões de pessoas vão acompanhar o Mundial por
televisão, celular, tablet ou outro dispositivo móvel. A estimativa
aumentou em 12,5% em relação do Mundial da África do Sul, que teve a
audiência de 3,2 bilhões de pessoas em 2010.
Aproveitando a Copa do Mundo e de olho nos milhares de turistas que
chegam para assistir as partidas, as arquidioceses das 12 cidades-sedes
brasileiras - Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG),
Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza
(CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA) - montaram
uma programação religiosa diversificada.
Brasília
Em várias arquidioceses, os arcebispos se pronunciaram sobre o
evento. Em Brasília (DF), dom Sergio da Rocha, publicou um artigo no
jornal Correio Braziliense, com a maior circulação da cidade. O
arcebispo metropolitano destacou as reações que a Copa suscitou no país
e na capital federal.
O grito das torcidas nos estádios tem sido precedido pelo grito
de setores da população nas ruas. A escuta, a reflexão e o diálogo
atento às urgências do povo brasileiro devem continuar e se intensificar
após a Copa. Seria ingenuidade pensar que a Copa resolveria os velhos e
graves problemas do Brasil; porém, seria grave erro ignorar as justas
reivindicações e perder a ocasião para levar a sério os problemas
sociais colocados em pauta. Conforme afirma o Papa Francisco “as
reivindicações sociais, que tem a ver com a distribuição da riqueza, com
a inclusão social dos pobres e com os direitos humanos, não podem ser
sufocadas a pretexto de construir um consenso de gabinete ou uma paz
efêmera para uma minoria feliz”. (Exortação Evangelii Gaudium, 218).
Movimentos e pastorais da arquidiocese da capital do país vão
receber, durante a manhã e tarde desta quinta-feira, os turistas que
chegarem ao aeroporto internacional Juscelino Kubitscheck. Haverá ainda
missa nas línguas inglesa, espanhola, italiana e francesa em todos os
domingos do Mundial. A juventude também se prepara para a realização do Nightfever, uma vigília jovem inspirada na Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer no sábado, 14 de junho.
Fortaleza
Em Fortaleza (CE), o arcebispo dom José Antônio Aparecido Tosi
Marques, abordou a questão do acompanhamento missionário aos turistas e
também aos pobres e excluídos:
Como Igreja nos comprometemos a acompanhar torcedores e jogadores
nas suas demandas por momentos de espiritualidade e encontro com Deus,
bem como ser presença orante durante toda a Copa; acompanhar as
populações vulneráveis, especialmente aquelas em situação de rua, para
que não sejam retiradas dos logradouros públicos durante a copa e depois
devolvidas às ruas, como objetos que atrapalham a realização do evento;
participar dos esforços por conscientização dos que nos visitam, para
que não pratiquem o turismo sexual mas sejam presença que valorize a
dignidade humana e a confraternização universal.
A capital cearense também vai oferecer missas em diversas línguas
para os turistas estrangeiros: inglês, espanhol, italiano, francês e
alemão. Padre Silvio Scopel, responsável diocesano pela Comunidade
Católica Shalom (com sede em 14 países), ainda assegurou a realização de
um acampamento para jovens e o festival de música e evangelização
católica Hallelluya, durante a Copa – o festival atrai mais de 1 milhão de jovens em três dias.
Outras cidades-sedes
Assim como Brasília e Fortaleza, as demais cidades-sedes da Copa
também vão realizar missas em diversas línguas. Além disso, inspiradas
no projeto Copa do Mundo – Dignidade e Paz, da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as arquidioceses vão promover
ações contra o tráfico humano, evangelização de usuários de drogas e
ações em prol dos moradores de rua.
É o caso de Belo Horizonte (MG) que já realizou, no fim de maio, um
ato público contra o tráfico de pessoas, está acolhendo irmãos moradores
de rua que buscam abrigo e, até o dia 13 de julho, promove atividades
artísticas e de evangelização no centro da cidade, onde se concentram
pessoas para consumo de drogas.
Os pontos turísticos são outra atração nas cidades. Em Brasília toda a
Esplanada dos Ministérios e a Catedral Nossa Senhora Aparecida estão
iluminados de verde-amarelo, assim como o Cristo Redentor, no Rio de
Janeiro, símbolo da Jornada Mundial da Juventude de 2013. O mesmo Cristo
também serviu de inspiração para Mario Balotelli, atacante da seleção
italiana: em montagem no Instagram, o jogador tomou o lugar do Cristo
Redentor, sobre o morro do Corcovado, dizendo ‘Brasil, aí vamos nós!’.
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