O Catecismo da Igreja ensina que a
família é um “sinal da Santíssima Trindade” na Terra; assim, pai, mãe e
filhos formam uma comunidade de vida e de amor à imagem de Deus. Por
isso, a família é fundamental e insubstituível. Ela é a base de todo
plano divino. O homem, o pai, representa a figura de Deus, Seu exemplo e
bondade, mas também a firmeza d’Ele, que deve levar os filhos a terem,
por analogia, uma visão bela do Senhor, que é amoroso, honesto, puro e
desapegado.
A criança precisa ter um pai e uma mãe para poder firmar sua personalidade masculina ou feminina diante da figura paterna e materna. O pai é, sobretudo para os meninos, um modelo de vida, um ponto de segurança e estabilidade. Para a esposa, ele é segurança; ela gosta de “apoiar-se” nele, consolar-se em seus ombros. A mulher chora com facilidade, mas estremece quando vê o homem chorar.
O Papa Paulo VI disse que o marido é a
cabeça do casal e a esposa é o seu coração. Ele tem o primado da razão, e
ela o do coração. São Paulo pediu aos maridos: “amai as vossas mulheres
como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25). Então, o
marido deve estar pronto a gastar a sua vida pelo bem da sua esposa e
dos seus filhos. Já que ele é a cabeça da família, deve estar pronto
para todo sacrifício, a fim de que ela seja feliz.
Para isso, ele terá, antes de tudo, de ser um homem fiel à sua esposa em
pensamentos, palavras e atos, para que a sua união com ela seja forte e
indissolúvel. Qualquer resvalada nisso pode desmoronar o lar.
Um adultério é um câncer na vida conjugal
e, na maioria das vezes, é praticado pelo homem. Então, ele precisa ter
a graça de Deus para vencer toda fraqueza da carne. Não se esquecer
jamais do que Jesus disse: “Vigiai e orai, o espírito está pronto, mas a
carne é fraca”. O homem jamais pode brincar com isso e dar-se a
“facilidades” com outras mulheres que não seja a sua. Ele precisa vigiar
o tempo todo, policiar-se em cada ambiente, sobretudo quando está só. A
família é sagrada e não pode correr riscos de dissolução.
Victor Hugo disse que “o homem é a mais
elevada das criaturas de Deus, mas a mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher, um altar. O homem é o
cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz o
amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é um gênio; a mulher é um anjo. O
gênio é incomensurável; o anjo, indefinível. A aspiração do homem é a
suprema glória; a aspiração da mulher a virtude extrema. A glória
promove a grandeza; a virtude, a divindade. O homem tem a supremacia; a
mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência, o
direito.
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas. A razão convence; as lágrimas comovem. O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher de todos os martírios.
O heroísmo nobilita; o martírio purifica. O homem é o código; a mulher,
o Evangelho. O código corrige, o Evangelho aperfeiçoa. O homem é o
templo; a mulher, o sacrifício. Ante o templo, nos descobrimos; ante o
sacrário, nos ajoelhamos. O homem pensa; a mulher sonha. Pensar é ter
uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é o oceano; a mulher o lago. O
oceano tem a pérola que adorna; o lago, a poesia que deslumbra. O homem é
a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta. Voar é dominar o
espaço; cantar é conquistar a alma. O homem tem um farol: a consciência;
a mulher, uma estrela: a esperança. O farol guia; a esperança salva.
Enfim, o homem está colocado onde termina a Terra; a mulher onde começa o
Céu”.
Tudo isso mostra que Deus fez homem e mulher um para o outro, e ambos precisam um do outro. E os filhos precisam de ambos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário