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Nascido no interior de São Paulo, na cidade de Iracemápolis, Elano
Blumer, 33 anos, começou a carreira ainda adolescente no time juvenil do
Guarani (SP). Foi transferido para o Santos em 2001. De lá para cá,
passou pela Ucrânia, Inglaterra, Turquia, Grêmio, Flamengo e pela
seleção brasileira. Mais da metade de sua vida foi nos campos. Porém, o
encontro com Deus, a conversão – o que ele mesmo chama de “presente de
Deus” – aconteceu apenas em 2011.
O sonho, segundo ele, não é mais o sucesso, mas sim fazer o bem para
as pessoas. “A cada dia conheço mais a Igreja e a nossa doutrina. Estou
apaixonado e luto para levar para a minha vida, o meu dia a dia, tudo o
que tenho aprendido. Se Deus quiser me proporcionar mais sucesso, tudo
bem, mas já não é a minha principal meta. A religião me ajuda a ser mais
humano. Ser católico é muito lindo”, conta, emocionado.
Mais difícil que ser católico é dar testemunho de fé, ainda mais
sendo famoso. Elano afirma que existem muitos atletas e artistas
católicos, mas também há aqueles que ainda não conhecem a Igreja. Para
ele, esse é também um desafio. “Estou tentando encorajá-los, mostrar um
pouco do que vivo. Ainda assim, tenho muitos amigos, como o Thiago
Martins e a Paloma Bernardes (atores), que me ajudam nessa caminhada.
Eles têm famílias católicas e são pessoas maravilhosas”, conta.
Apesar de hoje estar convicto de sua fé, o camisa 7 do rubro-negro
carioca revela que seu passado foi muito difícil. Foram mais de 10 anos
em um meio que oferecia a alegria momentânea com festas, bebida e
mulheres. “Muitos me julgam pelo que fiz, mas poucos têm a coragem de
mudar, renunciar o mundo e buscar a paz do Senhor. Não é um caminho só
de flores, até porque passei por muitos espinhos. Deus não muda a
história, mas muda o final dela”, afirma.
Com uma carreira relativamente curta no futebol, Elano está certo de
que não atuará por muito mais tempo. Ele tem contrato até o fim deste
ano. Ao mesmo tempo, revela que tem muita vontade de estar mais perto do
serviço à Igreja. “O Senhor tem colocado novos projetos em meu
coração. O dom de jogar futebol foi Ele quem me proporcionou. Agora,
pergunto ao Senhor se devo seguir, porque a minha vontade é muito grande
de me aproximar ainda mais da Igreja e viver perto de Cristo a cada
dia. Devo tudo isso à minha esposa e a alguns amigos sacerdotes e
cantores católicos. Estou em oração frequentemente, mesmo na
concentração e nos jogos. Rezar faz bem, e serenidade é o que mais busco
para a minha vida atualmente”, revela.
Por Amandda Souza – da equipe Jovens Conectados
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