Vaticano, 16 Nov. 15 / 12:40 pm (ACI).-
O
Papa Francisco expressou novamente sua “profunda dor” pelos ataques
terroristas “que durante a noite da sexta-feira ensanguentaram a França,
causando numerosas vítimas”. Assegurou com determinação que, “utilizar o
nome de Deus para justificar esse caminho é uma blasfêmia!”.
Após a oração do Ângelus na Praça de São Pedro, o Pontífice manifestou:
“Tanta ‘barbárie’ deixa todos chocados e questionando como é possível o
coração humano conceber tanto horror, que abalou não somente a França,
mas, o mundo inteiro”.
Identificaron al primer terrorista de los atentados de París: es un kamikaze francés con ... https://t.co/lpXg9Z16Yt pic.twitter.com/LCJzTO7eTW
— LA NACION (@LANACION) 15 novembro 2015
“Ao Presidente da República Francesa e a todos os cidadãos ofereço a expressão de minha mais profunda condolência”.
“De maneira particular, estou próximo dos familiares de todos aqueles
que faleceram e dos feridos. Diante de tais atos, não se pode deixar de
condenar a inqualificável afronta à dignidade da pessoa humana”, disse o
Santo Padre.
“Quero reafirmar com veemência que o caminho da violência e do ódio não
resolve os problemas da humanidade!”, exclamou. Em seguida, convidou
todos os presentes na Praça São Pedro a se unirem a ele em oração,
confiando todas as vítimas desta tragédia à misericórdia de Deus.
“Que a Virgem Maria,
Mãe de Misericórdia, inspire nos corações de todos pensamentos de
sabedoria e propósitos de paz. Pedimos que proteja e cuide da querida
nação francesa, da Europa e do mundo inteiro”.
Depois, o Pontífice e todos os fiéis reunidos na Praça de São Pedro,
permaneceram alguns segundos em silêncio e, em seguida, rezaram a Ave
Maria.
Durante o último sábado, em uma conversação Telefónica transmitida por
TV2000, o Santo Padre manifestou também sua dor pelos ataques
terroristas. “O sentimento é de comoção e de dor, não entendo, mas essas
coisas são difíceis de entender, feitas por seres humanos”, disse o
Pontífice ao começar a falar a respeito, muito emocionado. “Por isso, me
sinto comovido e condoído, e rezo. Faço-me próximo do povo francês, tão
amado, próximo dos familiares das vítimas e rezo por todos eles”,
assegurou. Não existe uma justificativa “religiosa nem humana. Isto não é
humano. Por isso estou próximo de toda a França, à qual quero muito
bem”.
O Papa Francisco ainda enviou um telegrama de condolências através do
Secretário de estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, ao Arcebispo
de Paris, Cardeal André Vingt-Trois: “Uma vez mais, o Santo Padre
condena energicamente a violência, que não pode resolver nada, e pede a
Deus que inspire a todos pensamentos de paz e de solidariedade, e
estende, sobre as famílias que estão sendo provadas e sobre todos os
franceses, a abundância de suas benções”.
Na tarde e noite da sexta-feira, 13, vários terroristas islamistas
cometeram sete atentados simultâneos em diferentes lugares da cidade.
Pouco depois das 21:30 (hora local) ocorreram diversas explosões na
capital francesa. As primeiras perto do estádio de futebol, onde estava
presente o Presidente da República Francesa, François Hollande. Quase ao
mesmo tempo, um terrorista disparou indiscriminadamente contra quem
jantava em dois restaurantes do centro da cidade.
Na sala de concertos Bataclan, entre dois e quatro terroristas começaram
a atirar nas pessoas e detiveram centenas de pessoas. Algumas delas
conseguiram escapar, mas cerca de 100 pessoas foram assassinadas. Alguns
terroristas foram presos pelas forças de segurança e outros se
suicidaram no mesmo local, como homem bomba.
A França decretou estado de emergência e fechou todas as suas
fronteiras. As autoridades francesas, em colaboração às forças de
segurança e serviços de inteligência da Europa investigam os fatos e já
prenderam várias pessoas por sua relação aos terríveis atentados.
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