Uniões homossexuais: evidente instrumentalização das palavras do papa

http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/files/2013/08/url.jpgFonte: Zenit.org

Depois que a revista Civiltà Cattolica publicou a conversa do dia 29 de novembro entre o papa Francisco e os superiores religiosos, várias reportagens abordaram a questão das uniões homossexuais e atribuíram ao papa certas ideias que ele nunca manifestou. O diretor da sala de imprensa do Vaticano pôs os pingos nos is mediante um comunicado.
“Na conversa com os superiores religiosos,
o papa reflete sobre a situação atual da educação de crianças e jovens, bem diferente em comparação com o passado, já que muitos deles vivem em situações familiares difíceis, com pais separados, com novas uniões anômalas, às vezes homossexuais, etc.", disse o pe. Federico Lombardi, acrescentando que "a educação e o anúncio da fé, naturalmente, não podem prescindir desta realidade; temos que prestar atenção ao bem das novas gerações, acompanhando-as com afeto, justamente a partir da situação concreta delas, para não provocar reações negativas que as indisponham a acolher a fé".
"Este assunto, em certo sentido óbvio, sobre as tarefas educativas da Igreja, tratado no dia 29 de novembro em termos gerais, foi relacionado por diversos meios de comunicação italianos com a temática levantada nos últimos dias sobre o reconhecimento das uniões civis de parceiros homossexuais".
"As palavras [do papa] estão sendo evidentemente forçadas, tanto que, em certos casos, parece uma instrumentalização. Falar de 'abertura às uniões gays' é paradoxal, porque as palavras do papa são genéricas, e até o pequeno exemplo concreto citado pelo papa, sobre uma menina triste porque a namorada de sua mãe não gostava dela, se refere justamente ao sofrimento dos filhos".
"O papa não se expressou sobre um debate reaberto na Itália um mês depois", afirmou o porta-voz, destacando: "Quem se lembra das posições manifestadas por ele na Argentina em debates análogos sabe que eram absolutamente diferentes das posições que alguns tentaram sub-repticiamente atribuir a ele neste momento".

Nenhum comentário:

Postar um comentário