A imprensa americana teve de ceder. Diante da estrondosa demonstração
de fé e civilidade dos milhares de jovens que participaram da recente
“Marcha pela Vida” – considerada a maior de toda a história dos EUA – os
jornais do país não tiverem outra alternativa, senão reconhecer a
ascensão da Igreja Católica no meio da juventude. Um duro golpe para o establishmentesquerdista
e anti-cristão que trabalhou durante anos para perverter o senso
crítico das gerações mais jovens e que agora é obrigado a assistir a
desastrosa derrocada de suas pretensões.
A confirmação vem por meio de um artigo do professor de Ciência
Política da Universidade Michigan, Michael J. New, publicado na versão
eletrônica da revista National Review. Comentando a cobertura da mídia
dada à Marcha pela Vida, o professor descreve a preocupação do movimento
abortista em relação à falta de jovens interessados pelo assunto. “Com
poucas exceções, a grande mídia parece estar muito pessimista em relação
ao movimento pró-escolha”, afirmou New.
Apesar da alegria dos abortistas pela eleição de Obama, Michael New
declara que isso não foi o suficiente para acabar com o negativismo
quanto à causa do aborto. Citando matérias publicadas pelos jornais The
New York Times e The Washington Post, o cientista político ressalta que
mesmo a famosa feminista Nancy Keenan desabafou, recentemente, seu temor
quanto ao futuro dos grupos pró-aborto.
Na mesma linha, a editora do site altcatholicah.com, Ashley McGuire,
fez interessantes declarações sobre o crescimento da juventude católica,
num artigo publicado no reconhecido jornal esquerdista, The Washington
Post. Surpreendida com a quantidade de jovens presentes em algumas
Missas que frequentara e em palestras de notáveis conservadores, McGuire
explicou que a adesão desses novos jovens à fé católica não é
simplesmente uma moda, mas sim um ‘Grande Despertar Católico’, “é o renascer da ortodoxia católica no meio dos jovens católicos”.
McGuire, 26 anos, é uma jovem escritora que se convertou ao catolicismo há apenas cinco anos. Desde então, a moça tem trabalhado intensamente através de seu blog, altcatholicah.com-
um site de cunho conservador dedicado especialmente às mulheres – para
tornar mais conhecida e atrativa a doutrina da Igreja quanto à
“paternidade responsável”. McGuire conta que sua paixão pela Igreja
Católica tornou-se maior quando ela finalmente percebeu que os
ensinamentos católicos eram os únicos realmente sólidos e com bases
milenares. “Alguns católicos, como eu, nos convertemos do
protestantismo, ao perceber que a única instituição no mundo que se
manteve firme através dos milênios nos assuntos mais importantes da
época foi a Igreja Católica”, declarou McGuire.
McGuire atribui esse despertar católico no meio da juventude ao
sufocamento das gerações anteriores pelas teses liberais e promíscuas. “Nós
nascemos num mundo em que milhões de bebês eram abortados a cada ano,
onde incontáveis outras crianças que não nasceram estão congeladas em
laboratórios para experiências, onde se fala que o gênero é uma opção e
que o casamento é amorfo e solúvel. Herdamos o inferno na terra. E
achamos que era demais.”, frisou a jovem, que também faz parte da Catholic Association nos Estados Unidos.
McGuire ressalta em seu artigo que a nova geração de jovens católicos
também é extremamente solícita e aberta às orientações do Papa Bento
XVI. Além disso, os novos seminaristas e religiosas estão cada vez mais
interessados nas práticas tradicionais da fé católica ao passo que as
vocações dos institutos conservadores nunca cresceram tanto como agora,
enquanto notáveis conventos progressistas estão definhando. “Nós queremos menos oba-oba e mais Panis Angelicus”, resume a jovem. Sobre a juventude que participou da Marcha pela Vida, Macguire observa que a grande mensagem deles foi: “Tome nota. Nós somos o futuro. E nós estamos pegando fogo por Jesus Cristo e por sua Igreja”.
Testemunhos como esse de Ashley McGuire, a Marcha pela Vida realizada
nos Estados Unidos e tantos outros movimentos jovens da Igreja,
sobretudo a Jornada Mundial da Juventude, nos dão um alento de esperança
e coragem quanto às próximas gerações. E mostram que, mesmo com
movimentos contrários, a Igreja Católica vive e tem futuro. Além disso,
está disposta a corresponder ao chamado de Jesus Cristo, Aquele que veio
para “lançar fogo no mundo” (Lc 12, 49). Dizia o escritor G.K.
Chesterton que “somente a ortodoxia católica faz o homem feliz: é
como os muros postos ao redor de um precipício onde pode brincar uma
porção de crianças”. Os jovens, finalmente, começaram a descobrir esses muros
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