REDAÇÃO CENTRAL, 09 Jun. 15 / 05:05 pm (ACI).-
Após
o caso do ataque a símbolos religiosos durante a 19ª Parada LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) em São Paulo, no
domingo, 7, foram muitas as manifestações de repúdio por parte dos
cristãos. Na noite de segunda-feira, 8, o Arcebispo da capital paulista,
Cardeal Odilo Pedro Scherer, se manifestou por meio de redes sociais,
comentando a banalização das imagens, exigindo o devido respeito à religião católica.
“Muitas pessoas me questionaram sobre a imagem de um transexual na cruz
durante a Parada Gay. Entendo que quem sofre se sente como Jesus na
cruz. Mas é preciso cuidar para não banalizar ou usar de maneira
irreverente símbolos religiosos, em respeito à sensibilidade religiosa
das pessoas. Se queremos respeito, devemos respeitar”, postou em seu
Facebook.
O Bispo de Palmares (PE), Dom Henrique Soares da Costa, também recorreu
às redes sociais para comentar o ocorrido que, para ele, é mostra de
degradação social. “Só tenho pena, muita pena de uma sociedade que se
degrada, de uma gente que perdeu o rumo, o sentido, os valores... Pena!
Muita pena de ver aonde chegamos, aonde chegou a nossa sociedade, aonde
chegaram certos homossexuais”.
Referindo-se à marcha em São Paulo, Dom Henrique afirma: “Ali somente se
mostra o que é essa ‘cultura gay’...”. Por fim, o prelado expôs o
respeito para com aqueles que não concordam com esses fatos. “Aos
homossexuais que não fazem bandeira de sua orientação sexual, aos que
não se degradam, mas dignamente levam adiante sua vida,
pessoas entre pessoas, sem placa de orientação sexual na testa, sabendo
que a sexualidade faz parte da vida, mas não é a vida toda, a esses,
meu respeito e minha solidariedade! Sei que não compactuam e se
envergonham da degradação que todos vimos”, escreveu.
Da mesma forma, leigos católicos expressaram sua indignação frente aos
fatos. A cantora pró-vida Elba Ramalho classificou o ocorrido como
blasfêmia a Cruz e fruto da intolerância religiosa. “As blasfêmias
contra a Santa Cruz são a prova da intolerância religiosa disseminada no
mundo! Uma cultura de ódio e de morte alimentada por movimentos
extremistas com o aval da grande mídia, levada a extremo pelos que
acreditam que liberdade é aprisionar o outro”, escreveu, destacando
ainda participar da Santa Missa
todos os dias, em diferentes locais e nunca ter ouvido um discurso
homofóbico de qualquer sacerdote ou “ataques gratuitos contra outros
segmentos religiosos”.
Na nota, Elba explicou que a Igreja Católica vive o Amor, celebrando na Eucaristia
o banquete que Cristo preparou para os homens, cujo alimento é Seu
próprio Corpo e Sangue. Ela citou ainda a misericórdia de Deus. “Oramos
por todos, indistintamente, meditamos na Palavra e seguimos nossas vidas
buscando fazer bem todo o bem que deve ser feito. Não julgamos, não
condenamos! Nosso Deus é o Deus da Misericórdia. Ao contrário! Em toda a
Era Cristã, o sangue dos Santos e mártires tem sido derramado nos
quatro cantos do mundo, pelo ódio e intolerância de almas incautas”.
O Deputado católico Eros Biondini (PTB-MG), membro da bancada cristã na
Câmara, também repudiou o uso profano de símbolos cristãos na parada
gay: “Que triste! É lamentável que alguém para exigir respeito
desrespeite e zombe do maior símbolo dos cristãos, a cruz de Cristo!
Tenho certeza que essa cena deplorável não representa a atitude dos
homossexuais que legitimamente lutam contra o preconceito e a
discriminação! Instalou-se a cultura de ódio no Brasil! Eu acredito na
cultura da paz, da vida e do Amor!”
Se por um lado, no Brasil, militantes da causa LGBT querem a
criminalização da homofobia, parlamentares cristãos decidiram pedir a
criminalização da “Cristofobia”.
Neste sentido, nesta segunda-feira, 8, foi apresentado na Câmara dos
Deputados um projeto que tornaria crime hediondo a prática de ultraje a
culto. No texto, de autoria do líder do PSD na Casa, o deputado cristão
Rogério Rosso (DF), é utilizado o termo “Cristofobia” para definir as
manifestações que se utilizam de símbolos religiosos como forma de
preconceito.
Na plataforma CitizenGo foi lançada uma petição pública pedindo a
criminalização do “uso pejorativo de símbolos religiosos em protestos
ativista social e/ou político, pois promovem a intolerância”. O pedido
de assinaturas partiu da psicóloga cristã Marisa Lobo, que quase teve
seu registro cassado por atender homossexuais que querem deixar este
estilo de vida. A cassação foi anulada pela Justiça.
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