REDAÇÃO CENTRAL, 08 Jun. 15 / 05:16 pm (ACI).-
Cristofobia,
assim diversos cristãos no Brasil classificaram as manifestações
realizadas durante a 19ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de São Paulo, que aconteceu
no domingo, 7. Entre as imagens
do evento que circularam pela mídia está a de um transexual na cruz,
com uma placa sobre a cabeça na qual estava escrito “Basta de
homofobia”, uma clara referência à crucifixão de Jesus Cristo. Imagens
de crucifixos, anjos e outros símbolos sagrados para os cristãos também
foram utilizados de maneira desrespeitosa e ofensiva pelos participantes
da marcha gay.
Segundo a Polícia Militar, na concentração do evento às 13:30h, havia
cerca de 20 mil participantes. Porém, na conta dos organizadores, a
cifra chega a 2 milhões ao longo de toda a marcha. A manifestação teve
como alvos lideranças políticas cristãs e ataques a símbolos religiosos,
como já sucedeu em outras edições do evento.
Por meio das redes sociais, alguns cristãos brasileiros manifestaram sua
indignação ao uso de símbolos próprios do cristianismo como o
crucifixo. Entre eles está a psicóloga Marisa Lobo, que teve seu
registro cassado por atender homossexuais que querem deixar este estilo
de vida e, mais tarde, teve a cassação anulada pela Justiça.
A psicóloga citou o trecho do Código Penal que trata dos crimes contra o
sentimento religioso, em seu artigo 208: “Escarnecer de alguém
publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou
perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar
publicamente ato ou objeto de culto religioso”, cuja pena estabelecida é
detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Diante do ocorrido, Marisa Lobo lançou uma petição para “criminalizar o
uso pejorativo de símbolos religiosos em protestos ativista social e/ou
político, pois promovem a intolerância”. No texto explicativo da
iniciativa, ela afirma entender que “este desrespeito e ataques passou
dos limites da ética e do bom senso e fere a liberdade religiosa,
ultrapassando o limite da liberdade de opinião e de expressão”. Por
conta da dimensão a que chegaram às provocações à fé cristã, declara que
“as ofensas podem ser caracterizadas como crimes contra a honra – e não
somente ao patrimônio público, mas ao ser humano que é ofendido e
ferido em sua crença”.
Em seu Twitter, a psicóloga questiona ainda o apoio de instituições
públicas que patrocinaram um evento que incentivou o preconceito
religioso. A mesma posição foi adotada por políticos cristãos, tais como
o deputado Marco Feliciano (PSC/SP) e o senador Magno Malta (PR-ES).
O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) usou sua página no Facebook para
criticar as ofensas lançadas na marcha gay: “Imagens que chocam,
agridem e machucam. Isto pode? É liberdade de expressão, dizem eles.
Debochar da fé na porta denuda igreja
pode? Colocar Jesus num beijo gay pode? (..) Usar símbolos católicos
como tapa sexo pode? Dizer que sou contra tudo isso não pode? Sou
intolerante né?”, escreveu o Deputado Federal.
ACI Digital tentou falar com a
assessoria do Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, mas sem
sucesso. O Cardeal ainda não se pronunciou sobre o caso nas redes
sociais ou jornais.
Esta não é a primeira vez que símbolos religiosos são usados durante a
Parada LGBT, na capital paulista. Em 2011, os organizadores pregaram
cartazes com imagens de santos católicos em postes da Avenida Paulista,
acompanhados por mensagens como "Nem Santo Te Protege" e "Use
Camisinha".
Na ocasião, Dom Odilo classificou a iniciativa como uma manifestação
“infeliz, debochada e desrespeitosa”. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o
Arcebispo ressaltou que "o uso desrespeitoso da imagem dos santos
populares ofende os próprios santos e os sentimentos religiosos do
povo".
Para assinar a petição para que no Brasil venha a ser crime o uso
pejorativo de símbolos religiosos em protestos ativista social e/ou
político, acesse:
http://www.citizengo.org/pt-pt/12080-que-seja-considerado-crime-usar-simbolos-religiosos-com-objetivo-denegrir-fe-alheia?tc=tw&tcid=13248627
Nenhum comentário:
Postar um comentário