A santidade como meta de nossas vidas

Fonte: CNBB
“Exorto-vos, pois, eu, prisioneiro do Senhor, a andardes de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros com amor, procurando conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”
(Ef. 4,1-3). De toda esta exortação do apóstolo Paulo, emerge não um simples conselho ou desejo, mas uma ordem no imperativo. É uma meta bem clara e definida da vida nova em Cristo.

“Sede Santos, por que eu o Senhor vosso Deus, sou Santo” (Lv. 19,2). Esta meta de santidade é um convite divino para todos aqueles e aquelas que são chamados à fé por meio do Batismo. De uma maneira muito particular quase misteriosa, os ministros ordenados e os consagrados e consagradas por algum vínculo ou estado de vida na igreja, todos e todas devem colocar suas vidas ao serviço da santidade. “A vocação sacerdotal é essencialmente uma chamada à santidade na forma que nasce do Sacramento da Ordem” (Pastores dabo vobios 33).

No rito da ordenação diaconal, aurora do ministério ordenado, o ordenando recebe das mãos do bispo o livro dos Santos Evangelhos, com estas palavras: “Recebe o Evangelho de Cristo, do qual fostes constituído mensageiro; transforma em fé viva o que leres, ensina aquilo que creres e procura realizar aquilo que ensinares” (Livro das Ordenações do Pontifical Romano).

Disto deriva um compromisso de santidade que perpassa toda a nossa vida de servidores na Igreja. Imprimindo-se desta maneira um caráter todo novo na realidade da própria igreja. Realizamos tudo isto na obra salvadora de Cristo, mediante o serviço do ministério ordenado e de todos e todas que por algum título se consagram na igreja e ao seu serviço.

É desta realidade do mistério de Cristo, sacerdote e santo por excelência, que brota a vida eclesial de todos os que renasceram nas fontes batismais.

“Os seguidores de Cristo, que Deus chamou e justificou no Senhor Jesus, não pelos seus méritos mas por seu desígnio e sua graça, foram feitos no batismo da fé verdadeiros filhos de Deus e participantes da natureza divina, e por isso mesmo verdadeiramente santos” (Lúmen Gentium 40).

Dom Antônio Muniz

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